sexta-feira, 27 de maio de 2011

Odontologia na adolescência

Na adolescência, o desenvolvimento de hábitos bucais saudáveis é um processo complexo

O comportamento da pessoa transita entre atitudes infantis e adultas e os valores e as experiências paternais são questionados nessa fase da vida, de modo que os adolescentes dão maior valor às orientações externas ao núcleo familiar.  Dedicam maior tempo para a realização de atividades com seus grupos do que para fazer suas tarefas diárias, como a higiene bucal. Muitas vezes  esquecem mesmo de escovar os dentes.

Essa atitude preocupa os pais, pois há o risco real de desenvolvimento de lesões de cárie. 

Por isso,  os pais estimulam, estrategicamente, os jovens a freqüentar ambientes nutritivos: escolas, empregos, academias, casas de familiares e consultórios da Saúde. Os professores, orientadores religiosos, chefes, tios, avós, psicólogos, médicos e dentistas atuam como facilitadores e colaboradores da família. 

Entretanto, é muito comum a rebeldia no consultório  odontológico, manifestam dúvidas quanto à competência do dentista

No consultório odontológico, eles queixam que não são mais crianças (estão certos por sinal) e usam desculpas para faltar às consultas. Quando se apresentam, expressam, algumas vezes, que foram à clínica porque o responsável exigiu. No entanto, é impossível fazer um procedimento odontológico sem sua cooperação. 

Conscientizá-los sobre a importância da visita ao dentista ajuda a motivá-los. Na ausência do bruxismo (ranger os dentes) durante a adolescência, a chance de prevenir as desordens temporomandibulares em longo prazo, entre 10 e  20 anos, é de 90%

Os sinais dessas desordens podem ser dores de cabeça freqüentes. Esse hábito de ranger os dentes é geralmente  adquirido nos momentos em que passam alguma dificuldade pessoal ou escolar .

São pacientes muito preocupados com a aparência. Atualmente, há uma grande demanda por um belo alinhamento dos dentes e pelo clareamento dos dentes.  Um alinhamento dentário bonito e funcional é resultado de um tratamento ortodôntico adequado. Quanto à cor,  o clareamento pode ser feito nos adolescentes, mas há efeitos adversos, como irritação na mucosa oral, maior sensibilidade e necessidade de trocar restaurações estéticas. Portanto, o dentista deve fornecer uma orientação adequada sobre esse procedimento, tranqüilizando e ajudando os adolescentes a tomarem uma decisão racional, planejada e individual. 

Essa preocupação com a beleza é tão marcante nessa fase da vida, que as adolescentes passam a ser o grupo de maior risco de desenvolver distúrbios alimentares, como a anorexia e a bulimia nervosa. Essas condições levam ao enfraquecimento dentário devido aos freqüentes episódios de vômitos. Por isso, o dentista tem papel relevante no diagnóstico desses problemas e no tratamento dos efeitos dentários .

É importante informar que a saliva é um veículo de microrganismos transmissores de doenças, como a cárie, a doença periodontal e a AIDS. A presença de sangue na saliva pode transmitir o vírus HIV para o parceiro em um beijo apaixonado.

Deve-se  evitar o uso de uma mesma escova dental, ou do mesmo copo ou talheres entre os amigos.

Finalmente, o jovem deve saber que o consumo de drogas, como álcool e fumo  são fatores causais da cárie, da periodontite e do câncer bucal. Dessa forma, ele pode refletir sobre as conseqüências da aquisição desses hábitos. 

Resumindo: trabalhar com os adolescentes é um desafio. Para motivá-los, a comunicação é uma boa ferramenta de trabalho. De forma  estratégica, os dentistas atuam como facilitadores e colaboradores da família. Os adolescentes constituem um grupo de pacientes estatisticamente associados com os seguintes hábitos prejudiciais à saúde oral: fumo, álcool e drogas ilícitas. Podem desenvolver desordens alimentares, como bulimia e anorexia e desconhecem a possibilidade da transmissão de doenças por meio da saliva, se expondo ao risco de se infectarem e desenvolverem lesões de cárie, doenças da gengiva e até AIDS. 


Fonte: http://www.sorrirsaude.com.br/saude-bucal/odontologia-na-adolescencia 

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