Diante de queixas estéticas, devem-se considerar todos esses fatores envolvidos e o profissional deve ouvir suas reclamações e dar todas as opções de tratamento sem criar grandes expectativas, pois o paciente tem a esperança que o dentista recupere o seu direito de sorrir.
O clareamento consiste em uma das opções de tratamento estético e ele pode ser empregado isoladamente ou em conjunto com outros procedimentos. Entretanto, o clareamento tem sido por muito, tempo em suas diversas formas, a modalidade de tratamento mais conservadora, por manter intactas as estruturas dentárias sadias. Talvez a limitação mais significativa dos procedimentos clareadores seja sua natureza pouco previsível.
Em outras palavras, o profissional nunca deve dar certeza absoluta de que o dente escurecido, submetido a clareamento, irá clarear totalmente, mas de acordo com os estudos de HAYWOOD,1994 o índice de sucesso inicial é de 92%. Além disso, no caso de se obter uma resposta positiva com o clareamento, a longevidade desse resultado não pode ser estabelecida com precisão. Porém, mesmo sabendo destas limitações, quando possível e indicado, a maioria dos pacientes prefere submeter seus dentes a procedimentos menos invasivos, que não desgaste a estrutura dental sadia, mesmo que sua durabilidade seja menor ou menos previsível do que uma abordagem restauradora.
Por que os dentes escurecem?
Desgaste do esmalte
Conseqüente a certas doenças (fluorose dental, alterações produzidas por antibióticos como as tetracíclicas, problemas de fígado, etc.
Causas externas: impregnação de corantes dos alimentos como café, chá, cigarro; materiais dentários; bactérias cromógenas, bem como pelo próprio acúmulo de placa, resultante de escovações deficientes.
Os dentes também podem escurecer devido a acometimentos da própria arcada, como o escurecimento conseqüente a traumas, levando á hemorragia interna, morte do dente também após um trauma, dentre outras causas.
Como agem os agentes clareadores mais comuns?
Os agentes clareadores são veículos de radicais de oxigênio, que tendo grande instabilidade, quando em contato com os tecidos promove um processo químico fazendo com que os materiais orgânicos sejam convertidos em dióxido de carbono e água. Os pigmentos são compostos de grandes quantidades de moléculas de carbono. Essas são quebradas e convertidas em compostos intermediários (cadeias menores) que são mais claros. O ponto de saturação é o momento em que ocorre o máximo de clareamento, a partir dessa etapa os pigmentos não são mais clareados e o agente clareador começa a atuar em outros compostos que apresentam cadeias de carbono, como as proteínas da matriz do esmalte, sendo necessário saber quando cessar o processo, pois, no momento em que há perda de estrutura dental perde-se todo benefício estético do clareamento.
Dependendo da técnica a ser empregada, o veículo do oxigênio, em geral um peróxido, é utilizado na forma de solução em gel, em concentrações que variam de acordo com as necessidades de cada caso clínico. O peróxido de hidrogênio tem sido utilizado para clarear dentes a mais de 75 anos e é ainda o agente clareador de escolha na maioria dos casos. Quando em contato com os tecidos, o peróxido de hidrogênio se degrada em oxigênio e água, sendo o oxigênio responsável pelo clareamento. Um outro peróxido, o peróxido de carbamina, tem sido utilizado especialmente na técnica do clareamento caseiro supervisionado por um dentista, mas também é disponível para uso na técnica convencional de clareamento de dentes.
O tratamento estético das manchas provocadas pela fluorose dental tem sido freqüentemente abordado dentro do universo dos materiais e técnicas de clareamento dental. O ácido clorídrico tem sido utilizado em associação com outros produtos na técnica da microabrasão programada, que consiste basicamente na remoção da parte superficial do esmalte na qual a mancha é predominante.
Fonte: Boa Saúde.
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